As canções de Natal, não cantadas.

As canções de natal, são clássicas no fim de ano, dentro da época Natalina, ouvirmos as “canções de Natal” dentro do shopping ou nas lojas, entre elas as mais conhecidas é o “Jingle Bells”, todos os anos, embora criada por Pierpont em 1857 esse é ainda hoje um dos clássicos do Natal.

Hoje quero recordar as primeiras canções de Natal, onde a Bíblia registra a alegria de proclamar a chegada do Rei Jesus. Esse é o motivo do Natal, o nascimento de Jesus entre nós. O evangelho de Lucas nos deixou um registro de alegria, cânticos e exultação pela promessa cumprida de Deus “…se fazendo homem e habitando entre nós.”. João 1.14.

Temos 5 personagens que cantam 5 canções de Natal no evangelho escrito por Lucas:

1. “Beatitude” | O Cântico de Isabel (Lc 1.42)
2. “Magnificat” | O Cântico de Maria (Lc 1.46-55)
3. “Benedictus” | O Cântico de Zacarias (Lc 1.68-79)
4. “Gloria in excelsis Deo” | O Cântico dos Anjos (Lc 2.14)
5. “Nunc Dimits” |: O Cântico de Simeão (Lc 2.29-32)

Na primeira canção de Natal temos Isabel, com essa canção temos 3 princípios importantes para nossa reflexão, veja comigo:

Lucas 1.41-45

“Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o bebê agitou-se em seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Em alta voz exclamou: “Bendita é você entre as mulheres, e bendito é o filho que você dará à luz!, Mas por que sou tão agraciada, ao ponto de me visitar a mãe do meu Senhor? Logo que a sua saudação chegou aos meus ouvidos, o bebê que está em meu ventre agitou-se de alegria. Feliz é aquela que creu que se cumprirá aquilo que o Senhor lhe disse!”.

A IMPORTÂNCIA DA KOINONIA

Sendo uma palavra de origem grega “Koinonia” significa “comunhão” Este termo se tornou muito comum entre os cristãos, sendo utilizado no sentido de participação, companheirismo, compartilhamento e contribuição com o próximo e com Deus. Aqui então vemos, Isabel recebendo a visita de Maria, neste momento conseguimos ver 2 milagres realizados pelo único Deus.

1. Uma jovem sem ter relação sexual está grávida. (Maria)
2. Uma idosa estéril sem possibilidade de engravidar, engravida. (Isabel)

Maria visita Isabel, (Elas eram primas – Lucas 1.36), ela entra na casa de Isabel e a saúda, veja o que acontece através da comunhão:

Lc 1.41-42 | 41 

“Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o bebê agitou-se em seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42 Em alta voz cantou exclamou: (…)

A comunhão de ambas vai gerar a ação do Espirito Santo, em nossos encontros temos oportunidade de receber de Deus através da vida de nossos amigos, familiares e irmãos da fé.

Um dia cansado fisicamente, emocionalmente e desagastado espiritualmente parei em frente da igreja, era uma reunião de oração, para minha surpresa tinha muitas pessoas que tinha sido convidadas pelos irmãos da igreja para receber a “oração do pastor”, bem, naquele momento eu precisava que alguém orasse por mim, de repente ouço um toc,toc,toc no vidro do carro, abro o vidro e vejo um pastor amigo, com um sorriso de melancia dizendo:

“E aí Marcio, vim hoje para dar uns glória contigo, orar por você, com você, e completou: Oh glória!!”. A presença dele fez que o Espirito Santo movesse em minha vida e alegrasse a minha alma, assim fomos para mais uma reunião de oração onde foi um momento memorável.

O CORAÇÃO ADORADOR DE ISABEL

Isabel havia dito que por causa de sua gravidez tardia, Deus iria: “…desfazer a minha humilhação perante o povo”. Lucas 1.25.

Vemos aqui 3 diferença da gravidez das primas:

DESEJO: Isabel queria engravidar e não engravidou. Só engravida tardiamente. Maria não queria engravidar e engravida.

TEMPO: Isabel é avançada em idade. Maria muito jovem.

PROPORÇÃO: O filho de Isabel iria preparar o caminho, O filho de Maria seria “o caminho”.

Apesar de tudo isso, Isabel é uma adoradora ao ver Maria ela foca em Maria e no filho do seu ventre. Sua mensagem é cristocêntrico focada em Cristo e não nela mesmo. Uma lição de humildade e adoração.

Quem compara, compete. Por vezes cairmos neste erro tão trágico, queremos comparar e temos sempre 2 grandes problemas:

1. Complexo de Inferioridade: Aos nossos olhos, nossos familiares, amigos, irmãos da fé, colegas de trabalho, colegas do colégio, universidade. São “melhores” do que nós, tem mais “resultados” que os nossos. Isso acaba nos travando, impedindo de nos alegrar com a “nossa” história diante de Deus.
2. Complexo de Superioridade: Aos nossos olhos os “outros” são inferiores. Somos mais inteligentes, capacitados e assim a soberba abraça nosso coração. Em ambos os casos, estamos em pecado, o que nos afasta de uma real e profunda intimidade com Deus. Isabel não cai nesse erro, mas decide simplesmente adorar a Deus por tudo e em tudo.

CONCLUSÃO.

Há benção nos encontros, nossa koinonia deverá ser valorizada. Só podemos ser cheio do Espírito Santo verdadeiramente se nos esvaziarmos de nós mesmos, podemos olhar para outros e nos alegrar ao ver Cristo sendo gerado dentro deles. A adoração foca não em nosso benefício, mas em Cristo. Se permitir que isso aconteça em sua vida, seremos melhores companheiros e adoradores.